domingo, 25 de setembro de 2016

PLANEJAMENTO ESCOLAR

A organização do planejamento escolar é um dos pontos essenciais para que a escola obtenha bons resultados de ensino. Sem esse instrumento, a equipe docente se dispersa, cada um realizando suas próprias atividades, sem uma coordenação que integre esse trabalho aos objetivos pedagógicos da escola. Cuidar para que isso não ocorra são funções do gestor e do coordenador ou supervisor pedagógico.
Neste post, reunimos alguns passos essenciais para que esses profissionais desenvolvam o planejamento escolar de acordo com os objetivos estabelecidos no PPP (Projeto Político Pedagógico). Afinal, o PPP deve ser considerado apenas um ponto de partida para o ano letivo e, nunca, um projeto que termina em si mesmo. Dessa forma, as questões que os responsáveis pelo planejamento escolar devem se colocar é:

1) Como deve ser o planejamento?

Os passos fundamentais parecem simples, entretanto resumem integralmente a tarefa:
a) Reunir os objetivos propostos para a equipe;
b) Determinar as estratégias necessárias para alcançá-los;
c) Adequar as estratégias ao dia a dia escolar.

2) Do que eu preciso para colocá-lo em prática?

A partir do item nº1, podemos elencar as tarefas que devem seguir:
a) Entendimento dos objetivos;
b) Avaliação das situações em que tais objetivos terão relevância;
c) Criação de estratégias que se relacionem com os objetivos;
d) Elaboração de um plano de trabalho relacionando objetivos e estratégias;
e) Avaliação dos resultados.

3) Como o gestor, coordenador ou supervisor devem proceder durante o processo?

Devem facilitar o processo da equipe docente, dando a sua contribuição ao processo do planejamento escolar:
a) Compartilhar com os professores o próprio planejamento para ajudá-los a refletir e amadurecer o deles;
b) Delegar funções durante todo o processo de criação e de implantação, tornando os professores coparticipantes do planejamento escolar;
c) Acolher as ações propostas e, quando aceitas em consenso, facilitar sua concretização;
d) Manter vivo a cada dia o planejamento proposto.
Para que todas essas dicas não pareçam teóricas demais, elaboramos um exemplo na prática de um roteiro semestral do planejamento escolar. Vocês poderão ver que esse planejamento está integrado ao cotidiano da escola e, portanto, leva à conquista de bons resultados de ensino quase como uma consequência natural:
Mês 1 – Fevereiro:
a) Começo do ano letivo;
b) Reorganização das fichas escolares;
c) Programação das atividades de ensino;
d) Entrevistas com os novos professores;
e) Elaboração do calendário escolar;
f) Readequação das turmas;
g) Reunião pedagógica.
Mês 2 – Março:
a) Recepção dos planos de curso;
b) Reunião de abertura do ano escolar;
c) Reorganização das fichas dos docentes;
d) Elaboração do boletim de coordenação.
Mês 3 – Abril:
a) Reuniões individuais com os professores;
b) Visitas a cada uma das salas de aula;
c) Escolha do conselho de classe;
d) Reunião do gestor com coordenadores;
e) Implantação de projetos pedagógicos;
f) Elaboração do boletim de coordenação.
Mês 4 – Maio:
a) Reunião geral com os professores;
b) Visitas programadas às salas de aula;
c) Seminário de treinamento pedagógico;
d) Reunião geral de gestor e coordenadores;
e) Programações de datas comemorativas.
Mês 5 – Junho:
a) Calendário de provas semestrais;
b) Reunião do coordenador com a equipe;
c) Programações das Festas Juninas;
d) Programação de recuperações escolares.
Mês 6 – Julho:
a) Avaliação das atividades do semestre;
b) Avaliação da equipe de professores;
c) Semana de reciclagem pedagógica;
d) Planejamento para o próximo semestre;
e) Fechamento das atividades semestrais.
Por esse roteiro, é possível observar que a atividade do planejamento escolar é um dos fatores essenciais para que tudo transcorra bem no cotidiano escolar. Na verdade, o bom planejamento começa pelo semestre, mas passa pelo mês, até chegar no dia.
Percebeu como o planejamento escolar bem feito sai do nível teórico para se fundamentar nas atividades diárias? A grande diferença é que, a partir dele, essas atividades se tornam coesas e fundamentadas, ou seja, sua organização está de acordo com os objetivos da escola que, por sua vez, se atrelam ao Projeto Político Pedagógico.