domingo, 21 de agosto de 2016

POKÉMON GO E A NOSSA DIFICULDADE EM VER AS COISAS PELO LADO POSITIVO:

Pokémon GO: a polêmica da vez. Eu não sou muito de entrar em polêmicas, mas achei que esse assunto dava um bom gancho para falarmos sobre comportamento e fazermos uma reflexão interessante aqui no blog.
Pokémon GO é um jogo. O principal objetivo de um jogo é divertir quem joga. Diversão é o que leva pessoas a jogarem jogos. Ninguém joga um jogo no celular buscando um diploma ou a elevação espiritual. Mas parece que muita gente acha que a partir do momento em que uma pessoa começa a caçar Pokémons ela automaticamente se torna uma idiota-manipulada-não-evoluída.
A quantidade de teorias da conspiração sobre um simples jogo têm me assustado. É um tal de falar que caçar Pokémons aliena as pessoas, que os nomes dos Pokémons são nomes alternativos para o capeta, que o governo está espionando nossas casas… GENTE! A alienação, a maldade e o acesso a informações sobre a vida das pessoas já existia antes de Pokémon GO existir, viu?
Mas não é sobre isso que eu quero falar, e sim sobre o contraponto entre a facilidade que temos em enxergar o lado negativo das coisas e a dificuldade em vermos as coisas pelo lado positivo.
POKEMON - FOTO 01
Pokémon pode ser prejudicial? Sim, pode! Assim como QUALQUER coisa pode ser prejudicial dependendo do uso que fazemos. Água em excesso pode fazer mal, vitaminas em excesso podem fazer mal. Não podemos simplesmente dividir as coisas em “faz bem” e “faz mal”. Precisamos analisar com mais cuidado, observar, ponderar, buscar enxergar o lado positivo e o lado negativo, e só então tirar uma conclusão e fazer as nossas escolhas, levando em conta os diversos usos que podem ser feitos de determinada coisa.
Isso vale para jogos, para a internet no geral, para relacionamentos, para aquilo que consumimos, para como nos divertimos, para as nossas escolhas… para TUDO!
Para mim, o que foi interessante observar com as reações ao Pokémon GO foi que logo que eu comecei a jogar vi coisas legais acontecerem: crianças e jovens, que costumam ficar em casa o dia todo em frente ao computador, saíram para andar na rua ou em parques caçando Pokémons (tenho um irmão mais novo e vi isso acontecer com ele e os amigos dele), o que é ótimo para a saúde. Nos primeiros dias, eu, meu irmão e meu pai baixamos o jogo e ficamos pegando Pokémons, tirando fotos, rindo e nos divertindo juntos, diferente do que costumamos fazer geralmente que é cada um ficar fazendo suas coisas em seus computadores.
E logo surgiram também notícias muito boas sobre o jogo:

Pokémon Go transformou a vida de garoto autista que não conseguia sair de casa
Professor de matemática ensina trigonometria aos alunos usando Pokémon GO
Hospital infantil usa Pokémon GO para tirar pacientes do leito
Pais aproveitam Pokémon GO para passar mais tempo com os filhos
Então eu me assustei quando comecei a ver as críticas pesadas que algumas pessoas fizeram ao jogo, dizendo que não querem que seus filhos joguem ou que não vão se alienar jogando “isso”.
Observar essas reações me trouxe a essa reflexão.
POKEMON - FOTO 02
Foto: Médico e paciente jogando Pokémon GO em hospital nos Estados Unidos
Por que muitas vezes exaltamos tanto o negativo e passamos batido pelo positivo?
Por que quando algo novo surge vamos logo tentando encontrar alguma forma de dizer que aquilo é ruim?